A captação de recursos é um fator crucial para garantir a sustentabilidade das organizações que atuam no terceiro setor. Essas instituições, muitas vezes sem fins lucrativos, dependem diretamente de doações, parcerias estratégicas e financiamentos públicos ou privados para manter suas atividades e gerar impacto social positivo. No entanto, o processo de captação de recursos não se limita apenas ao ato de solicitar contribuições financeiras. Ela exige uma estratégia ampla e bem estruturada, que vai muito além da simples busca por apoio econômico. Captar recursos envolve diversas frentes de atuação que vai desde uma gestão eficiente, a construção de relacionamentos sólidos com os stakeholders.
Quando uma ONG investe no marketing digital, ela não apenas amplia sua visibilidade, mas também cria oportunidades valiosas para atrair parcerias de novos voluntários. O marketing digital permite que a organização se conecte com pessoas que compartilham dos mesmos valores e que estão dispostas a contribuir. Compartilhar histórias inspiradoras, atualizações sobre projetos e oportunidades de envolvimento nas redes sociais, por exemplo, ajuda a criar um sentimento de pertencimento e urgência. Isso incentiva aqueles que se identificam com a missão da ONG a se engajarem ativamente.
Pesquisa inédita do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), publicada nesta segunda-feira (13) apresenta um levantamento que abrange o universo das mais de 1 milhão de organizações da sociedade civil (OSCs) formalmente criadas em um período de 120 anos no país. De acordo com a pesquisa Dinâmicas do Terceiro Setor no Brasil: Trajetórias de criação e fechamento de organizações da sociedade civil de 1901 a 2020, o perfil majoritário dessas OSCs é de associações privadas (85%), sediadas na região Sudeste (40%), com tempo médio de atividade de 17,6 anos, voltadas para as áreas de “desenvolvimento e defesa de direitos e interesses” (40,0%) e “religião” (24,6%).